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segunda-feira, 31 de março de 2014

Virada para a história: He-Man brilha, e Inter vence o Gre-Nal 400 na Arena

Colorado faz grande segundo tempo, vira sobre o Grêmio com 2 a 1 na primeira final e e pode perder por 1 a 0 como mandante no dia 13 de abril para se tornar tetra gaúcho.

A rivalidade entre Grêmio e Inter deu provas na tarde cinzenta deste domingo de que, 105 anos e 399 clássicos depois, ainda é possível fazer diferente. Para que retrancas, mistérios e violência? O Gre-Nal pode ser bem mais que isso. E foi. Embora decisivo, valendo a primeira das partidas finais do Gauchão, tricolores e colorados se mostraram ofensivos, atrevidos e fizeram valer o ingresso dos 39.874 que rumaram à Arena. Para ver, sobretudo, a redenção de um centroavante, que nunca havia marcado gol nesse duelo. Em menos de 45 minutos, fincou pé na história ao anotar dois, virar o jogo e dar à Arena o seu primeiro vencedor após três Gre-Nais. Rafael Moura foi o herói vermelho no 2 a 1 do clássico 400, placar que permite ao time de Abel Braga perder por 1 a 0, na volta, para ser tetracampeão gaúcho.

Os três gols saíram das cabeças dos centroavantes, que vivem grande fase neste ano, após um 2013 para esquecer. Barcos anotou o primeiro, logo aos 14 minutos, isolando-se cada vez mais na artilharia do estadual, 13 tentos. Rafael Moura empatou ao seis do segundo tempo, vencendo um quase intransponível Marcelo Grohe. Com a mesma receita, construiu o 2 a 1, aos 27, seu nono gol em oito partidas na temporada.

Até a chuva ajudou um belo Gre-Nal
O único fator que poderia tisnar o encanto de um Gre-Nal promissor era a chuva. Até a água, com potencial de cair a qualquer momento, resolveu respeitar um clássico cheio de predicados. E manter o alto nível do espetáculo. Para começar, era um embate histórico, de número 400 em 105 anos de rivalidade. Embora a vantagem geral do Colorado, de então 149 vitórias contra 125 do rival, o Grêmio dominava os Gre-Nais centenários, jamais perdendo os de número 100, 200 e 300.

Frieza dos números à parte, o clima que antecedia o duelo também indicava um jogo alegre, para frente, sem retranca. Em campo, os velhos amigos Enderson Moreira e Abel Braga confirmaram essa impressão. Sem mistérios, mesmo numa decisão, mandaram seus times, de força máxima, ao ataque desde o apito seminal de Leandro Vuaden. Em dez minutos, as tábuas de scout já computavam quatro finalizações perigosas, duas para cada time.



 

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